segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não se preocupe com o fim. Deleite-se com o início, aproveite o durante. Não dê valor para o fim.

Vivemos de planos, sonhamos com o futuro, e esquecemos que, quase sempre, é quando os nossos planos não dão tão certo assim que a maioria das coisas boas aparecem nas nossas vidas.

Não nos damos conta de que o inesperado sempre nos pega com mais força, atinge o mais profundos dos nossos sentimentos. Planos, sonhos, vontades previamente imaginadas não têm tanta graça quanto o inesperado, o improvável.
E é justamente quando estamos despreparados que fazemos as coisas mais legais, descobrimos os lugares mais interessantes, conhecemos as pessoas mais incríveis.

Então, não se preocupe com o fim. Aliás, eu diria até para que você pare de “procurar” as coisas. Viva. Aproveite as pessoas que cruzam seu caminho, mas lembre-se que elas não pertencem a você. As pessoas são delas mesmas e olhe lá. Aprenda, ria, dance, chore, beba, compartilhe com elas. A vida é efêmera e nós não controlamos o tempo que irão durar as nossas relações.

Deleite-se com o início, pois essa sem dúvida é a melhor parte. Aproveite o durante, é ele quem importa. Não se preocupe com o fim.



Esse texto foi fruto de uma insônia mal resolvida. Como sempre!
Sinto saudades de publicar meus delírios de uma noite de verão. (?)
OI? Tchau! :)

sábado, 8 de maio de 2010

"Quem somos nós" - Física quântica

Então pessoas, resolvi postar uma parte do trabalho que fiz sobre física quântica. Não, não é brincadeira! (Ai você pensa, e essa moçoila sabe lá o que é isso?). Confesso que só sabia por alto, maaaas, precisei ler sobre o assunto para fazer o bendito trabalho da faculdade e me surpreendi com as coisas que aprendi. Realmente, todas essas ciências que abordam temas que vão além do 'poder de conhecimento humano' me atraem muito.


Ao assistir o filme “Quem somos nós”, documentário lançado no ano de 2004, dirigido por William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente, o espectador se depara com situações e crenças totalmente novas, diferentes de todo um padrão conhecido por todos. Trata-se da física quântica, conjunto de teorias que incluem os fenômenos da estrutura íntima da matéria: partículas com probabilidades e possibilidades. Ou seja, de acordo com essa teoria, o modo como observamos o mundo que nos cerca é a escolha da realidade na qual desejamos estar inseridos, mesmo que isso seja de difícil compreensão.
Toda essa idéia parece soar meio complicada, uma vez que o ser humano foi condicionado a crer que o mundo externo é mais real que o interno. E durante todo o filme, somos questionados sobre nossas crenças, sobre o que realmente conhecemos, sobre o que é real e o que é irreal.
A protagonista do filme passa por diversas descobertas acerca da realidade que sempre acreditou, e vivendo novas experiências, percebe que ela mesma é capaz de dominar suas emoções, de escolher o que é melhor pra ela, tornando-se ela mesma ‘responsável’ pela própria vida, e não mais uma mera vítima das circunstâncias impostas pelo universo.
Paralelamente à história da personagem principal, o filme apresenta o relato de diversos estudiosos da área da física quântica, que explicam como essa teoria pode mudar a idéia que temos do mundo como conhecemos. Essa ciência moderna vem nos dizer que o que acontece dentro de nós é o que vai criar o que acontece fora.
A construção da realidade da forma como a vemos, seguindo os preceitos da física quântica, depende de como acreditamos nas possibilidades. E como essas possibilidades estão acontecendo simultaneamente, quando focamos a nossa atenção para a realidade, apenas uma dessas possibilidades é concebida como real para que possamos experimentá-la como experiência de vida. Então, o debate trazido pelo filme nos faz refletir sobre a forma como enxergamos a vida e de que modo construímos o que, para nós, é real.
Mas, se tudo é mesmo assim, surge uma indagação: porque então não vivemos em um mundo cor-de-rosa, já que nós mesmos somos ‘responsáveis’ por ele? E aí chegamos ao ‘x’ da questão. O problema é que, enquanto aprendemos a viver neste mundo, com uma visão mecanicista, de que tudo acontece independentemente de nós, vamos nos condicionando e perdemos a fé naquilo que achávamos que podia ser possível. E, devido às nossas dependências emocionais, acabamos repetindo padrões indesejados, achando que, apesar das infinitas possibilidades de escolhas que temos, não possuímos a capacidade de rumar para o diferente. E, como conseqüência, passamos a nos repetir indefinidamente.
Então, e ainda de acordo com a física quântica, é possível acreditar na idéia de que, se desejarmos algo intensamente, a ponto de perdermos a referência de quem somos, e nos tornarmos o desejo em si, o novo pode emergir em situações totalmente inusitadas e nós teremos o ‘controle’ da construção daquilo que vemos e viemos.
Será mesmo?